domingo, fevereiro 20, 2011

quero sentir o corpo

...quero estender as mãos e tocar a música. Alongar-me em corpos, que cheiram a erva acabada de cortar, mover-me na rua sibilar, amar...

fazer da vida uma obra de arte redonda, perfeita e acabada.

quero; entrar nos salões em verde e azul! Aperceber-me dos gosto das coisas ...trincar, deixar que escorra o sumo das uvas, esmagadas entre meus dedos, caindo na terra.

eu e a minha imagem ...um fenótipo que cresceu por entre a minha solidão ...como a planta por vezes brota no cimento. Estas profundas olheiras, das noites mal dormidas ...

estou a ver-me ao espelho.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

vesti a tua camisa

tinha um cheiro doce e forte ...lembras-te?

(vamos interpretar a primavera, beber um vinho em flor : guardaremos em nós o pudor da intimidade)

entendes agora. Não existe qualquer linearidade nos sentidos; sei de um caminho que pode ser percorrido de aqui ao estado de graça e sei de um lugar onde tu podes acontecer.

vamos fazer eu & tu meu amor : repetir-te!

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

er eu

e; o meu desejo! toda a paixão concentrada, definida naquele corpo. Era vontade de tocar, vontade de pele, podia reconstruir tudo de memória.

era sobretudo vontade de palavras simples.

o pecado foi a primeira vez do mar, a primeira vez do fascínio de querer. Estava de posse de um conhecimento de mim.

a única coisa que, defendia no vazio instalado entre o pecado e a imagem : defendia o desejo e invocava o prazer.

foi assim que tudo começou a acontecer que, comecei a acontecer.